quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Rima

 Há algum tempo que estas páginas têm ficado suspensas no tempo, por mudanças na vida pessoal mas também por via da chegada de outros modelos de comunicação com o Facebook e o Instagram...

Ficam aqui um texto, que podia igualmente publicar em Desesperança ou marialascas, pois que tudo isso sempre será a mesma - eu.



Só sinto o cansaço

de tanto indagar a dor

por a dor do fim não aceitar


posso chamar-lhe medo

se só no passado vivo

para o novo afugentar


sempre em palavras soube

o que à vida nego

o papel branco é espelho

a que meu eu entrego


outubro, 2021

sexta-feira, 29 de maio de 2020


Pai, não me vias, nunca olhaste mesmo para mim.
Não me vias tal qual era, bonita inteligente e boa, muito melhor do que tu pensavas.
Andei em bicos de pés nos sapatos com os pés amassados com os saltos a darem-me tamanho às pernas destapadas, o pescoço direito nariz e queixo empinado para me verem alta.
Sempre chorei, demais dava demais queria…
E andei pela vida a mostrar-me, mas eram como tu Pai, nenhum me via.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Minha

Minha! deixa chamar-te assim
unir os lábios desabrochando rosas
fazer-te Minha a meus ouvidos
do linho branco de pétalas
desenhando as coxas
elevando de cores os seios
música teu respirar!
falta a sede da boca o sorriso do olhar
descansa Bela…


Ps: Minha! esperando por ti, Minha

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Ainda

O Sol não parte do Monte
materna vira-lhe costas para dormir

meu corpo quer sentir, lê-me!
ardo! tange cisterna fecunda
raiando mármore reinício seremos




Poema ainda

Meu grande amor quebrou-se...
tantas partes juntas, campo de papoilas

belo efémero ainda... transcendência a da flor única

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

À Janela

Fiquei à janela esta noite a gata veio do telhado por o sol de prata queimar . . meu amor fechou os olhos aos velhos caminhos do mar